segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pingo

Nós os bebés com rinite temos de lidar com dois grandes inimigos: a água do mar engarrafada e o tubinho da narhinel. Quando me levam para a casa de banho e ainda não é hora de chapinhar ou quando me inclinam para trás e não estão com ar de quem vai fazer cócegas no meu pescoço, já está o caldo entornado. Em três tempos, estou esguichado e aspirado.
Desde que entrei na escola que convivo diariamente com isso: temos caixas de tissues espalhadas pela casa toda, não há passeio que dê em que não se leve os lenços de papel atrás e não há conversa com menina no parque que não seja interrompida pela mãe a limpar a ranheta. Haja paciência! Tenho uma reputação a manter... Já tentei enfiar umas ervilhinhas pelo nariz acima para ver se estancava e esfrego a cara com força quando estou mais aflito, mas entra tudo em pânico à minha volta, em círculos, à procura dos lenços, e o nariz continua a escorrer.
Um sítio onde há muita água do mar é na praia. O ano passado eu era pequenino quando fui à praia. Não me lembro, mas tenho umas fotos tiradas com uma toalha, besuntado com creme e a encher-me de areia, e a minha pilinha inchava ao fazer chichi. Depois fui operado à pilinha e já não faço balão. Este ano descobri que não gosto é de estar na relva, que as ervas picam dentro das sandálias.
Tarda nada a malta cá de casa deixa de acordar cedo para ir trabalhar. Posso ser esquisito com relva, mas este ano gosto de areia. Bora lá fazer de croquete?

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