domingo, 23 de maio de 2010

Trincos

Os armários da cozinha estão cheios de loiça para eu partir.
O enfermeiro Valente (é o que dá as picas lá no centro de saúde) sempre que me vê diz "olá baixinho!", mas o certo é que um dia destes ganhei crescimento suficiente para chegar ao espaço das batatas e das cebolas e dos alhos. Então a avó disse prò ar que "ele um dia destes ainda vai comer as batatas e as cebolas e os alhos!" e ajudou a mãe a pôr os cestinhos noutra prateleira substituindo-os por brinquedos e panelinhas e livros com que posso brincar.
Vendo que eu era forte o suficiente para abrir a gaveta dos tupperwares, a mãe disse que "não faz mal" e deixou-me tirar uma a uma todas as caixas e espremedores e tampas de cores diferentes e tão levezinhas que tem encaixadas lá dentro. O certo é que, por muito que goste de as espalhar pelo chão, nunca consigo voltar a metê-las na gaveta. "Juro, mãe, TÊM de inchar!"
Agora, ao tempo que eu consigo abrir aqueles armários que têm aqueles pratos pesados amarelos! E eles ainda não vieram pôr fechos do Ikea nem fica-cola castanha! Ainda não os preencheram com os meus brinquedos. Nem sequer tiram a loiça... Só posso deduzir que lhe posso pegar... e partir.
Enfim, adiante. Um dia destes faço.
Agora: técnicas para trepar para dentro do tambor da máquina da roupa, alguém tem?

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