quinta-feira, 15 de julho de 2010

Saltos

A noite que passou tomei o primeiro biberão às onze e meia. A mãe anda um bocado preocupada com o barulho e os senhores do quarto ao lado, e como eu não me calo sem um leitinho o segundo foi às três da manhã. Felizmente o resto da noite aguentei-me com o copo da água, senão, diz ela, ia a rebolar para comer a papa da fruta que há no restaurante ao pequeno-almoço.
Preocupa-se em vão. Estou completamente em forma. O meu nariz continua a pingar e o vento não nos deixa ir à piscina, é certo. Mas quer eu quer o mano temos feito alguma ginástica para queimar calorias. Ele pedala na bicicleta e levanta coisas que o põem a suar. Eu, além de não me cansar de subir escadas sozinho só com a ajuda do corrimão, gosto de participar nas aulas ao ar livre que eles têm cá no hotel, e vou dando uma mãozinha ao senhor de microfone que grita para as senhoras que estão em cima dos trampolins redondos.
Farto-me de dançar, de dar ordens, de conhecer pessoas. A dona do hotel, por exemplo, dá-me passou-bens sempre que me vê e já me avisou para eu não lhe estragar as cortinas. É um bocadinho esquecida e insiste é em chamar-me Guilherme.
Eu não sou o Guilherme. Mas, se ela me der um trampolim daqueles para eu saltar depois das férias, pode chamar-me o que quiser. Assim eu levava-o lá para casa, tipo souvenir...

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