terça-feira, 20 de julho de 2010

Moldes

Os crescidos gostam de andar sempre um passo à frente e acham que têm tudo controlado. Mas de pequenino nos fazemos e eu tenho-me feito.
Ora vejam: com meia dúzia de dentes, já os avós do Cacém me traziam uma colher com um cabo com um boneco a que eu não liguei grande coisa. Ontem, colher igual, o mesmo boneco, num pack de iogurtes diferente. Quando todos pensavam que eu não estava nem aí, zás!, toca a fazer uma birra para o pai dar a sopa dele por essa e só por essa colherinha.
Outro exemplo: passo o dia a dizer mamã, mano, pai, papa. Quando chega alguém, "diz lá, querido", e da boca do Riq, por mais que espremam, tenham lá paciência mas só sai "dadá".
Percebam: é quando eu quero; não quando vocês mandam.
Cada um com as suas manias. E fazermo-nos despercebidos também tem as suas coisas boas.
Aposto que davam o vosso melhor pedaço de papa para poderem esquecer os problemas só com uma sessão de cócegas no pescoço.

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