Ela não gosta de hipermercados, por isso, normalmente não vai. Quando precisamos de iogurtes ou bolachas ou coisa assim, ela vai ao computador. Fecha-se no quarto do mano com os papéis que estão pendurados no exaustor, clica, clica, clica uma data de tempo, e no dia seguinte um senhor com bigodes traz os caixotes com os sacos para a nossa casa. Ela paga, e estão as compras feitas.
Mais raro ainda é ela trazer-me uma prenda que não se vista, não se coma, nem sirva para untar a minha piloca.
Mas hoje, incrível, trouxe-me legos. Tijolos? Talvez um puzzle... Bem vistas as coisas, eu não sei muito bem o que aquilo era. Mal a mãe chegou, entretive-me a encavalitá-los (pesados!, mas eu sou forte), a abrir as portinhas que têm em cima (abrir e fechar, abrir e fechar, abrir e fechar) e a oferecê-los ao pai, palminhas!, e à mãe, palminhas!, e ao pai, palminhas!, e à mãe...
Mais de uma hora nisto. A dada altura já transpirava, mas continuava. Antes de dormir, tiraram-mos e puseram um no frigorífico.
Claro que não gostei. Toda a gente sabe que a argamassa não adere em tijolos húmidos...
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