terça-feira, 13 de julho de 2010

Aragem

Mangas compridas no Verão em Beja. Não lembra o diabo, pois não? Não tenho foto para isto (a máquina estava na mala, pus esta de mim com o mano), mas hoje tivemos de gramar com uma camisola para sair depois do jantar.
A mãe não teve um dia fácil. O carro do pai andou duas vezes de reboque. Eu não vi. Parece que se escangalhou lá qualquer coisa, e o senhor que põe o óleo quando o avô vai fazer as revisões todas disse que o motor estava tão-tão escangalhado que tinha de chamar o reboque outra vez para ir a outro senhor que o soubesse arranjar. Nada de especial não acontecesse exactamente quando devíamos ir de férias para o Alentejo, onde parece que faz calor. Só nos sobrou o carro dela, que só tem solfagem para arejar e treme um bocado nas ultrapassagens.
Assim que aterrámos no hotel, eu e o mano ajudámos a desfazer as malas. As roupas em montinhos e eu contava, para ver se não faltava nada. Tipo, sete T-shirts: eu tiro e vejo se estão sete. Uma, duas – olha, esta tem um desenho tão giro, ponho para o outro lado –, três – berloques, esta tem berloques! E fitas! A outra tem fitas! Deixa cá provar. Sim, perco-me, e daí?
O mano tratou de ajudar. No controlo: não mexe ali, não mexe aqui, chiu que fazes barulho e os vizinhos do quarto ao lado vão queixar-se à recepção.
Nem se pode dizer que tenha corrido mal: até agora, já subi e desci as escadas até ao nosso andar umas dezoito vezes, explorei os candeeiros que iluminam a piscina lá fora até me fartar e fui cumprimentar uns senhores que estavam a fazer uma churrascada. De regresso, vim nos ombros do mano. Mas olhem, querem saber? Até está fresquinho. Tanto, que até me habituei à camisola. Tanto eu como o mano.
Não lembra o diabo, mas ela ficou contente.

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