O mano está mais moreno que eu, mas não é destas férias, porque vai mais ao ginásio do que à piscina. Quando lá vou vê-lo levantar pesos, converso com o professor dele, que me empresta umas bolas.
Eu tenho uma certa facilidade em me dar com as pessoas, sabem, e faço muitos amigos. A senhora da recepção só não ficou mais minha amiga logo à chegada porque eu tinha feito um cocó na viagem e poderia não cheirar tão bem como de costume, mas o senhor do restaurante já me pega ao colo e tudo enquanto a mãe come a sopa (boa sopa, a deles, aqui), e um senhor grande perguntou-me como é que eu estava lá na língua dele enquanto eu subia mais uma vez as escadas de acesso ao quarto.
Ah! Ao almoço, uma senhora sem óculos achou que o mano era o meu pai e ele, que acha que o empregado de mesa é igual ao director de turma, escangalhou-se a rir quando ele trouxe a sopa.
De resto, tenho passado grande parte do dia assim: a espreitar por tudo, debruçado em tudo, a fugir para todo o lado. Eles queixam-se de dores nas costas. Quando estou sossegado, é porque estou entretido com alguma coisa. Por exemplo, descobri uns bichinhos novos que se bronzeiam à tona da piscina. A boiar, de costas. Também não posso meter à boca, a mãe não deixa. Deve ser do cloro.
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