quinta-feira, 24 de junho de 2010

Polegarzinho

A minha pediatra tem os polegares grandes. Nunca lhe olhei para as mãos com cuidado, mas aposto que são enormes.
Nos últimos tempos, ela e a mãe parecem as melhores amigas. Durmo mal, toca a ligar à doutora. Tenho febre e tosse, vai e manda mensagem. Depois a doutora responde e elas não fazem outra coisa senão apitar os telemóveis uma da outra.
A mãe é um bocado influenciável. Vai daí, farta-se de comprar livros para aprender. Quando não compra, dão-lhos. Para o mano, tinha uns antigos, com páginas amareladas, onde umas senhoras de camisa às flores e saias compridas aprendiam as alegrias da maternidade enquanto os papás iam trabalhar. Agora não passa sem os três (!!) volumes do Mário Cordeiro, papa tudo o que é artigos do jornal sobre saúde nas crianças e não me assoa a ranheta sem perder meia hora na Net a avaliar o que é que aquela cor realmente significa.
Foi também na Net que descobri que os polegares estão a crescer por causa das mensagens.
Olha, lá está ela, mais uma que recebe. Um dia destes vão às compras juntas. Sem telemóvel. Elas e os seus polegares gigantes.

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