Quando saio do banho, com o cabelo molhado, o mano vem e penteia à surfista. Se a mãe me apanha e ainda não secou, cola-mo à cabeça como uma bailarina. Quando vou à cabeleireira em frente a casa, ela põe gel e faz-me uma poupa. Quando a sesta é longa e faz calor, da creche trago uma crista. Devo ser aquilo a que eles chamam um gato-sapato.
Sou um meio palmo de gente encomendado em 2008 (cheguei em 2009, que não sabia andar) para alegrar uma família comum que anda sempre às turras. Uma casa como todas, num dia-a-dia igual ao dos outros meninos, em que eu gosto de observar tudo o que há para observar, opinar sobre tudo o que há para opinar e, claro está, estragar tudo o que há para estragar. De resto, tenho meia dúzia de meses, meia dúzia de dentes... e muitas manias.
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