Não há dia em que saia de casa sem voltar atrás. Ou porque se esqueceu das chaves. Ou porque não sabe dos óculos de sol. Ou então diz que tem a sensação de que se está "a esquecer de alguma coisa". Depois bate a porta ainda mais apressada do que da primeira vez a repetir "estou atrasada, estou atrasada", e normalmente eu e o pai ficamos a comentar que, afinal, não se esqueceu de nada. Desde ontem que ficou em Lisboa, a trabalhar, e nós fomos de férias. Montámos o carro, pusemos o leite e as papas, guardámos o CD da abelha Maia, não fosse faltar alguma coisa em casa dos avós.
Já vi os cavalos e as galinhas. Passeei ao colo deles todos. E o banho ao ar livre, com este calor, é das coisas que sabem melhor.
Falamos ao telefone, eu e o mano, com ela. Mas, apesar de tudo, percebo-a.
É aquela sensação. Parece que me falta qualquer coisa.
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