terça-feira, 19 de outubro de 2010

Macaca

Desde domingo que estamos a fazer aquilo que a pediatra diz. Sim, porque ela diz e percebe-se; ela disse à mãe que era preciso eu deixar o leitinho à noite, e por mais que eu diga "titinho" e aponte para a cozinha, a mãe não se toca.
Já experimentei bater-lhe ou beliscá-la, porque é de noite e ela pode estar com sono e precisar de acordar. Já tentei empurrá-la (ela é pesada, mas eu sou forte), mas não há meio de ela parar de repetir que não pode ir buscar o biberão por isto e por mais aquilo, e dá beijinho quando eu não quero beijinho e abracinho quando o que eu quero é leitinho.

À falta de compreensão, e como eu sou novo nestas coisas das palavras, experimento até palavras novas, tipo "abre" - e aponto para a cozinha - ou " 'acaco" - e aponto novamente - mas nada.
Resultado: acreditem ou não, hoje batemos o recorde. Fui para a escola sempre a sorrir, como sempre, que eu sou de uma fornada bem-disposta, mas a senhora que me levou era mesmo a minha mãe, mas com umas olheiras mais fundas que o tal macaco.
No fundo, no fundo, estamos a ficar bons nisto.

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