Passam o Verão inteiro a dizer que é bom andar com o pezinho ao laréu, "deixa lá o menino andar descalço que está calor", e ora se sai com crocs ou com sandalocas com os dedos à mostra, e agora querem que gostemos destas coisas só porque são de marca? Poupem-me. As coisas para mim têm de fazer sentido.
Quando os calcei pela primeira vez, vi, pois bem, que não dava para usar. Fiz birra, não saí dos meus centímetros quadrados de chão e mostrei logo a quem quer que quisesse ver que simplesmente aquelas coisas não tinham sido feitas para andar. Ninguém me ouviu.
Sair com camisa às flores, vá que não vá: foi um amigo de longa data que ma emprestou, pois cresceu muito nos últimos anos e já não lhe serve, e nós temos de dar uso ao que não é para deitar ao lixo. Agora vocês sabem quantos números tinha o multibanco quando a mãe pagou por estas coisas, sabem? Quantas voltas no carro do café podia dar com as moedas todas que os senhores do banco lhe tiraram para ela comprar isto? Até ficava tonto se pudesse conduzir tantas vezes...
Assim, fiquei tonto com o calor, com o aperto e com o meu aspecto. E, para estragar tudo, à noite comecei a achar piada àqueles atacadores de velcro e tratei de resmungar quando mos quiseram tirar.
Decidam-se: ou são confortáveis ou não. Se sim, pode-se perfeitamente dormir com aquilo...
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