Hoje primeiro a ideia era não apanhar muito sol. Porque sou branquinho e tal, toca a besuntar com protector laganhoso antes de enfiar a T-Shirt. Depois era fazer castelos ao sol. Daí o boné e o balde e a pá, e a forquilha, e essas coisas todas. Mas, quando saímos da praia, o que me venderam foi um pôr do Sol.
Parecia-me muito bem: ela cantarolava qualquer coisa, eu ia vendo a paisagem. O carro abanava, eu estaria eventualmente um pedacito cansado das brincadeiras com a areia e a água, mas lá me ia aguentando. Não era caso para deitar tudo a perder.
Posso até ter pestanejado. Passado pelas brasas uns segundos. Afinal, foram muitos castelos. Mas não me conformo.
Quando dei por ela, já era de noite. Podem confirmar, mostrar-me a foto, dizer que sim, que lá estivemos ao pé do mar, dentro do carro que estava frio, a ver a bolinha de luz a meter-se na água. Mas eu, acontece sempre, não vi nada. Depois vim o caminho todo às escuras a ver se lhe pediam para ele voltar e se pôr outra vez, mas nicles.
Valeram-me as estrelas no tecto do quarto, antes de me deitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário