terça-feira, 10 de maio de 2011

Bronze


Toda a gente sabe que esta coisa de sermos pequeninos leva a que fiquemos muito bem vestidos de qualquer maneira. Tão queridos, tão giros, que depois elas vêm e dão beijinhos e apertam-nos, e é fácil de ver que acertámos na farpela.
Eu fico particularmente atraente com o fato de banho, certamente por ter um rabinho lindo, de maneira que gosto de ir à praia para fazer gosto ao ouvido e apanhar uns abracinhos enquanto faço os castelos.
Ontem, fácil de ver, apareceu para me buscar mais cedo, dia de sol e calor: estava mesmo a adivinhar.

Trocou-me a roupa, sentou-me no banco de trás, e lá foi a cantar aquelas músicas que ouve alto no carro. Ela dobrava a manga da camisola para se ir bronzeando no caminho, e eu para mim a ver se chegávamos a tempo de ainda aplicar o meu protector.

Quando chegámos – «P'aiaa!!» – claro, mãe, que fiquei desiludido.
Não podia imaginar que te fosses lembrar de fazer tantos quilómetros para ir ao médico.

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